Violência contra Mulheres no Período Eleitoral

 

A Violência contra as mulheres na vida política pode ser entendida como qualquer acto ou ameaça de violência de género que resulte em dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico às mulheres, que as impeça de exercer seus direitos políticos, seja em espaços públicos ou privados, incluindo o direito a ocupar cargos públicos, ao voto secreto, à associação e reunião, a realizar campanhas livremente e a exercer sua liberdade de opinião e expressão (Ballington, 2016 citada por UNO Mulheres). A Violência política contra as Mulheres é um fenómeno global que, apesar de sempre ter existido, tornou-se um conceito mais conhecido apenas na última década. Sua ocorrência representa uma grave violação dos direitos, nas suas famílias e comunidades, bem como comprometido a construção e a efectivação de democracias verdadeiramente inclusivas (UNO Mulheres).

Em Moçambique, as mulheres sofrem ameaças de violência relacionada com as eleições, tanto dentro de casa como fora de casa. De acordo com Saquina Mucavel do Movimento de Mulheres Rurais de Moçambique (MMR) da Cidade de Maputo, o espaço político ainda é considerado de domínio masculino. 

As mulheres muitas vezes sofrem tais situações devido aos seus antecedentes. Desde os tempos primórdios, as mulheres eram  vistas como cuidadoras do lar, elas são as ditas peritas em assuntos domésticos e muitas vezes são na verdade, poucos homens se disponibilizam para tais tarefas. Porém com o passar do tempo, vê-se a necessidade da inserção da mulher na política pois além de cuidadora do lar tem total capacidade para participar da vida política. Esforços são sempre enveredados mas há ainda uma necessidade de união entre as mulheres.

O grito delas será mais forte se fôr em conjunto.

Julie Ballington, 2016. Turning the Tide on volence against Women in Politics: How are Measurite?